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Mercado de livre de energia, sistema fotovoltaico ou BOT: conheça as diferenças e vantagens de cada

Atualizado: 25 de out. de 2022

Conheça diferentes modelos de geração e consumo de energia elétrica e entenda qual a modalidade mais adequada para sua empresa


Ilustração de um homem e uma mulher apertando as mãos. No fundo, uma série de fontes alternativas de energia, como solar, eólica e hidroelétrica. Saiba mais sobre mercado cativo, mercado livre e BOT de energia no site da NeoElectric

O mercado de energia no Brasil é dividido em dois ambientes principais: o de contratação regulada, onde estão os consumidores cativos, e o de contratação livre.


Consumidores cativos são aqueles que compram energia das concessionárias de distribuição, como a Enel em São Paulo, ou a Cemig em Minas Gerais. Cada unidade consumidora paga uma fatura de energia por mês, cujo valor engloba não só a eletricidade consumida, mas o serviço de distribuição, taxas de manutenção, de iluminação pública e eventuais impostos.


Já os consumidores livres compram energia diretamente de geradores ou comercializadores, e podem negociar as condições de seus contratos por conta própria.


Além desses dois mercados, há ainda a possibilidade de você gerar sua própria energia através, por exemplo, da compra de um sistema de energia solar fotovoltaico ou da contratação de um modelo BOT, no qual você tem um sistema exclusivo sem precisar fazer qualquer investimento.


Confira abaixo a diferença entre todos esses modelos, suas principais vantagens e desvantagens, e saiba qual modalidade de geração e/ou consumo de energia é mais adequada para você:


Mercado cativo x mercado livre de energia


O mercado livre funciona através da contratação voluntária de energia pelos consumidores, com condições comerciais livremente negociadas - como preço, período de contrato, quantidade de energia, forma de pagamento e índices de reajuste. Já no ambiente cativo, de contratação regulada, os preços e as condições são fixados por uma agência governamental - a Aneel.


Em ambos os casos, a energia produzida é enviada até os consumidores através das redes de transmissão convencionais. Dessa forma, o preço final da conta será composto não só pelo custo de geração, mas também pelo custo de distribuição e manutenção, além de encargos e impostos.


Por conta disso, ao comprar energia no mercado livre, sua economia será apenas parcial, ou seja, na parte da conta de luz que se refere à geração. Você passará a fazer dois pagamentos diferentes, um para o fornecedor de energia escolhido e outro para o distribuidor (a concessionária local).


É importante observar que apenas grandes consumidores atendidos em linhas de média ou alta tensão podem optar pelo mercado livre. A demanda contratada mínima vai de 500 a 1000 kW, dependendo da categoria de consumo.


Além disso, toda operação de compra e venda de energia no mercado livre precisa ser registrada na CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), órgão que faz a regulação desse comércio.


A CCEE baliza os preços de todas as negociações usando um índice chamado de PLD (Preço de Liquidação de Diferenças). O PLD é limitado por um preço mínimo e máximo, estabelecidos anualmente pela Aneel, a fim de equilibrar os custos entre a oferta e a demanda de energia no país. A variação no PDL acaba sendo uma desvantagem para o mercado livre – quanto menor o tempo de contrato, maior a volatilidade dos preços.


Em outras palavras, embora o mercado livre seja diversificado e competitivo, é preciso ter atenção para as oscilações dos valores. Ainda assim, essa alternativa oferece uma maior previsibilidade no orçamento do que o mercado cativo, cuja conta de luz pode variar ainda mais graças a fatores como mudanças das bandeiras tarifárias.


Compra de sistema fotovoltaico x BOT de energia solar


Além das opções mencionadas acima, existe a possibilidade de comprar e instalar um sistema fotovoltaico, ou de contratar um modelo BOT.


A compra de um sistema fotovoltaico é interessante para quem tem capital para fazer o investimento inicial. O retorno financeiro costuma vir dentro de alguns anos, sendo possível gerar sua própria energia por décadas mais, economizando até 95% na conta de luz.



BOT significa “Build, Operate, Transfer” (ou “construir, operar e transferir”). Nessa modalidade, uma empresa de energia solar é quem faz o investimento para instalar, operar e manter um sistema fotovoltaico exclusivamente para sua empresa, fornecendo-lhe a energia gerada por um determinado período estipulado em contrato.


Esse modelo é parecido com o mercado livre: as tarifas e condições de pagamento são negociadas livremente. A diferença é que, ao final do contrato, há a transferência dos ativos: o sistema passa a ser seu, o que é uma grande vantagem, pois pode levar a uma economia ainda maior por mais anos.


Além da economia significativa, outros benefícios da compra de um sistema ou do modelo BOT são maior previsibilidade na conta de luz, baixa necessidade de manutenção e maior sustentabilidade devido ao uso de uma fonte renovável.


Já a desvantagem fica por conta do limite de potência instalada a ser obedecido, determinado pela legislação brasileira. No caso de grandes consumidores, como empresas e indústrias, é provável que a conta de luz não seja totalmente eliminada, havendo necessidade de comprar mais energia no mercado livre ou cativo.



Mercado livre x compra x BOT: qual a melhor opção?


Antes de escolher uma modalidade de geração ou consumo de energia, é preciso determinar quanto você quer economizar e quanto capital tem disponível para investir.


No geral, a economia fica em torno de 5 a 20% no mercado livre. Esse percentual é o mesmo no modelo BOT, podendo aumentar com o tempo, e alcança até 95% no caso da compra de um sistema fotovoltaico. Por outro lado, a aquisição requer capitalização, enquanto o BOT e o mercado livre não exigem investimentos.


Tanto a compra do sistema fotovoltaico quanto o BOT oferecem ainda mais segurança orçamentária, uma vez que não oscilam de preço por conta do clima, de reajustes tarifários ou do PLD. Também não costumam ter consumo mínimo. E, por gerar energia solar no próprio local de consumo, essas modalidades são as mais eficientes e sustentáveis.

Tabela comparativa entre mercado cativo de energia, mercado livre de energia, compra de sistema fotovoltaico e BOT de energia solar. Saiba mais no artigo da NeoElectric

De forma geral, é preciso analisar todos esses fatores em conjunto para decidir qual o melhor caminho para você. No caso das residências, a compra do sistema fotovoltaico é provavelmente a melhor opção.


Já no caso de empresas, se a sua conta de luz for muito alta, é preciso avaliar se o mercado livre é adequado, mesmo diante das oscilações de preços, ou se um BOT é mais vantajoso, levando a uma economia maior, menos desperdício e mais sustentabilidade.


Por exemplo, se você gasta mais de R$ 8 mil com conta de energia, o BOT pode ser uma modalidade muito atrativa. Já se possui gastos acima de R$ 100 mil, o caminho ideal é explorar diferentes propostas para encontrar a mais lucrativa, podendo combinar diferentes soluções para um melhor custo-benefício.

Precisa de ajuda para encontrar a solução certa para sua empresa? Entre em contato conosco! Temos uma equipe de especialistas preparada para lhe atender, tirar suas dúvidas e fazer orçamentos personalizados para sua demanda.

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